Reprodução: Flickr 2x2e67

Por Luis Otávio Peçanha

A pandemia do novo coronavírus, que já perdura por mais de um ano, ganhou mais um episódio nos últimos meses: a variante Delta. Tendo sua origem na Índia, a nova variante tem sido responsável pelo aumento de casos em diversas partes do mundo, e no Brasil não seria diferente.

O Brasil, que já soma quase 600 mil mortos, ainda sofre, e muito, com os efeitos da pandemia e da disseminação do coronavírus dentro do seu território, sendo a causa de quase 700 mortes diárias.

Em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, a situação ainda está sob observação, visando, ao mesmo tempo, um retorno gradual das atividades rotineiras da população  e também um controle do avanço da nova variante.

A variante e suas características 5g3g5a

O Jornal DaquiBH conversou  com o infectologista Dr Estevão Urbano (55), que atua nos hospitais Vila da Serra, Biocor e Madre Teresa, e ele explica que os sintomas da variante delta são muito parecidos com as outras, tendo tosse, dor de garganta, febre, mal estar e até falta de ar como quadros comuns e semelhantes.

“Chama atenção, porém, que esta variante pode causar mais coriza, com quadros muitos parecidos com resfriado, mas, ao mesmo tempo, pode ocasionar menos dores de garganta e perda de paladar e olfato, comparando com outras variantes”, ressalta. 

Mesmo que se trate de uma variante diferente, o infectologista reforça que os cuidados básicos como respeitar o distanciamento, evitar aglomerações e o uso de máscaras permanecem necessários em função da forma de transmissão se manter a mesma nas variantes em questão.

“Em relação às duas variantes, alfa e delta, são vírus muito parecidos com pequenas mutações que as diferem. Elas são mais transmissíveis e, possivelmente, mais agressivas que a variante original”, ressalta.

A variante alfa teve seus primeiros registros na Inglaterra. De acordo com o doutor, ainda não existem estudos que sejam capazes de definir qual é a “pior”, mas existe a hipótese que de a delta seja mais transmissível, capaz de causar quadros mais severos e, eventualmente, até escapar da ação das vacinas, porém os estudos ainda estão em andamento.

Estevão reitera a importância de uma possível terceira dose da vacina começando pelos idosos e imunossuprimidos. “É fundamental pois, com o ar do meses, o número de anticorpos começam a cair e, por outro lado, a variante delta pode escapar da ação das vacinas caso os níveis de anticorpos fiquem baixos. Então é necessário fazer a terceira dose, renovar o nível sérico, para que haja uma proteção mais duradoura e sustentável contra o coronavírus”, completa.

Por fim, o médico comentou sobre a importância do cronograma de vacinação da população adulta, que foi divulgado pela PBH. Para ele, a vacinação é a base de tudo, independente da idade, pois ela reduz o contágio e a transmissão viral.

“Muitas pessoas jovens vão para o trabalho, para a escola, podem se contaminar e podem proliferar o vírus, dispersando-o. Quanto mais pessoas vacinadas, menor a chance disso acontecer”, finaliza.

Cenário mediante a pandemia daqui para frente v2u3i

Leandro Curi (39), infectologista residente da região oeste, afirma que, mesmo com parcela da população adulta vacinada, é necessário continuar com os mesmos cuidados. “Independentemente da variante, temos que vacinar todo mundo – não podemos contestar esse tipo de atitude, e continuar a manutenção do distanciamento e do uso das máscaras. Mesmo que a pessoa já esteja vacinada e acredite que está tudo bem, a pandemia ainda está acontecendo, o que vai suspender as medidas de proteção serão os números, e não nossa vontade”, afirma.

Créditos: PBH

Para Leandro, a opção de alguns cidadãos de não se vacinarem é ruim, pois, desde que nascemos somos acostumados com a ideia de nos vacinar. “Evitamos muitas doenças e erradicamos muitas outras graças à vacinação em massa”, completa.

O infectologista ressalta que ainda não há nenhum tipo de remédio completamente eficaz contra a covid-19, além de que foi visível que as medidas de segurança não seriam suficientes para evitar a disseminação do vírus pois a sociedade não aderiu e os casos continuaram a acontecer.

“A importância é que eu não vou me contaminar e não vou transmitir o vírus para entes queridos, colegas de trabalho, pessoas que temos contato. A vacinação tem se mostrado eficaz, tem se mostrado efetiva tanto nas taxas de internação quanto nas taxas de contaminação”, comenta.

Cuidados na rotina 41522e

Marcos Mesquita (24), morador do bairro Buritis, é estudante de Direito e tem uma rotina de trabalho que o obriga a trabalhar  presencialmente de duas a três vezes na semana.

Marcos se vacinou há pouco tempo, sendo incluído no grupo por faixa etária.Depois da primeira dose ficou extremamente feliz em ver o avanço da vacinação para a população de jovens adultos, apesar de sentir que a capital mineira está atrasada no processo. “Antes tarde do que nunca”, afirma.

O jovem diz que mantém cuidados de sempre, como usar máscara e higienizar as mãos com álcool em gel, quando está trabalhando presencialmente, além de evitar aglomerações no caminho. Para ele, as medidas de segurança devem permanecer para frear e auxiliar na luta contra o aumento dos casos da covid com a nova variante delta.

“Creio que a prefeitura age corretamente, uma vez que ainda há limite de horário de bares e restaurantes, bem como limite de pessoas etc”, ressalta.

Normandes Santana de Matos (49) é e estava inserido no grupo de risco da covid-19 devido à diabetes. Vacinado com as duas doses, ele ressalta a importância de manter os hábitos de limpar as mãos com álcool em gel e utilizar máscara quando precisar sair de casa.

O define a situação da capital mineira com a covid como controlada, mesmo que ainda considere necessário haver um maior controle com relação aos bares da cidade, limitando os horários e número de pessoas, além de exigir o uso de máscara.

Normandes ressalta  otimismo e alívio com o avanço da vacinação, que agora está destinada ao público até 18 anos.

Jornal Daqui BH

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